Antes,  de entrarmos na mensagem em si. Gostaria de deixar claro que estaremos falando sobre uma parábola. Portanto, não é um evento histórico, como algo que aconteceu e sim um método de ensino muito usado por  Jesus.

A palavra “parábola” no grego “paraboles” quer dizer comparação, lançar duas coisas semelhantes uma contra a outra. Significa colocar uma coisa ao lado da outra, ou seja, estabelecer distinção. Jesus usou muitas parábolas com histórias terrenas para desvendar verdades espirituais. O objetivo era alcançar as mentes e os corações dos ouvintes.

Portanto, gostaria de humildemente interpretar à parábola do Fariseu e do Publicano. Que dessa forma possa trazer edificação à sua vida de oração e devocional!

Grande Ideia: “Para termos comunhão com Deus não podemos depender de nós mesmos e precisamos em primeiro lugar entender que somos salvos pela fé em Cristo Jesus e não pelas obras que fazemos.” 

CONTEXTO : “Esta parábola tinha a finalidade de convencer alguns que confiavam em si mesmos como justos, e que desprezavam ao próximo. Assim, como hoje, muitos acham que pelo fato de praticarem uma religiosidade estão mais próximos de Deus, e que suas orações chegam com mais eficácia! Mas, o texto nos alerta para esse perigo. Aquilo que foi dito pelo fariseu demonstra que ele tinha confiança em si mesmo de ser justo. Na mente daquele homem religioso, ele estava isento de seus pecados e falhas. Aquele fariseu achava que cumpria com toda recomendação da Lei. Na ideia de pessoas que vivem debaixo de regras a condição daqueles que não alcançam a justiça de acordo com os costumes e padrões como daquele fariseu é miserável, ainda que este não tenha sido aceito. E porque não foi aceito? Ia ao templo para orar, mas estava cheio de si mesmo e de sua própria bondade; não pensava que valeria a pena pedir o favor e a graça de Deus. Tomemos o cuidado de não apresentarmos orações orgulhosas ao Senhor, e de desprezarmos o próximo.” (Como dizia o tema de uma mensagem do Pastor Luiz Sayão, “A religião que mata a fé e o coração”).

Dois homens subiram ao templo a fim de orar, um era Fariseu e o outro publicano.  Interessante que o templo era aberto não só aos religiosos, mas para qualquer pessoa que desejasse ir a casa de oração. ( Isaías 56:7 ).

Sobrevoando o Texto – Os dois sobem a um lugar de adoração pública:

  1. eles chegam juntos .
  2. o que significa Fariseu: quer dizer separado e correspondia uma das principais seitas judaicas. Era extremamente apegado a lei aos costumes e tradições.
  3. o que significa Publicano : Judeu que cobrava impostos para o governo romano. Era desprezado por trabalhar para um dominador estrangeiro e por ser geralmente desonesto. Ou seja, um “grande pecador”. (Lc 3.12-13; v. MATEUS e ZAQUEU).

Vamos abordar algumas características da oração que agrada à Deus e da oração que não agrada, estando ligada a uma religiosidade:

Em primeiro lugar a oração da religiosidade que não agrada

  1. (versículo 11) se considerar justo – vemos muito isso em algumas pessoas bem religiosas.
  1. (versículo 11) acepção de pessoas – repare que o fariseu chega a citar impureza da época, tipos de pecadores como: ladrões, corruptos, adúlteros. Algo perigoso para nós quando olhamos atualmente o cenário do nosso País.
  1. (versículo 12) Legalismo, costumes e tradições – é claro que as disciplinas espirituais são importantes e a contribuição (recurso financeiro) no Reino de Deus são bíblicas, mas, ainda assim, não nos dá o direito de nos colocar como juiz e acharmos que nossas obras podem nos justificar diante de Deus! Como diz em Romanos 3.22 “justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que creem, não há distinção.” 

Agora vamos analisar a oração que agrada a Deus:

  1. (versículo 13) reconhecer quando estamos longe de Deus – o publicano ficou à distância, para falar à verdade se você fizer uma investigação de como era o templo, vai verificar que o publicano e todos aqueles que não eram judeus, ficavam a uma distância grande. Na realidade havia um “muro de separação” que impedia aos gentios de entrarem na parte interna do templo chamado “muro de inimizade” com um aviso de morte aos que desobedecessem. Graças à Deus a carta aos Efésios nos diz que não somos mais estrangeiros, e que o muro de inimizade foi derrubado e que não há mais barreira.          (Ef 2.12-14).  Para falar a verdade no texto em questão quem estava longe de Deus era o religioso, pois não reconhecia suas falhas e defeitos. Já o publicano caiu arrependido naquele momento e com humildade. Às vezes, me vem a mente quantas orações bem elaboradas ouvimos, mas somente Deus conhece o nosso coração!
  1. (versículo 13) humilhar-se diante de Deus – “Batia no peito” – esta expressão era comum apenas nas mulheres, costumavam bater no peito durante funerais, mas os homens não.   Para os homens no oriente médio esse gesto é de extrema humilhação. A oração daquele homem foi ouvida exatamente por isso, pois ele se colocou na presença de Deus de forma a não confiar em si mesmo, em seus méritos, em sua formação acadêmica, em sua denominação, no nome de sua Família. Mas, uma posição de profunda dependência! Como já dizia Jesus nas Bem-aventuranças: “Bem aventurados os pobres de espírito, pois deles é o Reino dos céus; Bem aventurados os que choram, pois serão consolados”. (Mateus 5.3-4).
  1. reconhecer nossas falhas e pecados ( Se propício, está ligado a propiciação, ou seja perdão dos pecados. ). A oração do publicano mostrou um profundo reconhecimento de suas falhas. Acima de tudo mostrou o quanto ele necessitava da Graça de Deus! Em nossas orações precisamos nos despir de toda nossa religiosidade!

    CONCLUSÃO:

Você tem se colocado diante de Deus como fariseu ou como publicano?A característica do Fariseu é se achar melhor que os outros, dizer que conhece melhor à Deus do que as outras pessoas. Ele  faz elogios a si mesmo.

Adora criticar os irmãos !

Adora criticar os perdidos ! 

A introdução da parábola fala daqueles que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros. Qual tem sido sua atitude?

Que Deus abençoe!

Paulo Alessandro é Pastor da Igreja Batista Memorial de Pompeia.Casado com Raquel Leão.Formado em Marketing pela Universidade UNISA em 2003, Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo em 2013, Pós-graduando em Teologia e interpretação bíblica pela Faculdade Batista do Paraná! Mora em Pompeia / SP.

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